Durante os dias 13 a 22 de junho de 2012 realizou-se na cidade do Rio de Janeiro a “RIO + 20” o evento marca os vinte anos da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio 92 ou Eco 92). Nestas duas décadas, a falta de ações para superar a injustiça social ambiental tem frustrado expectativas e desacreditado a ONU (Organização das Nações Unidas). A pauta prevista para a Rio+20 – a chamada “economia verde” e a institucionalidade global – é considerada pelos povos insatisfatória para lidar com a crise do planeta, causada pelos modelos de produção e consumo capitalistas.
A RIO + 20 teve como objetivo a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.
A Conferência teve dois temas principais:
1- A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e
2- A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
Paralelamente à RIO + 20 também realizou-se a Cúpula dos Povos, um evento organizado por entidades da sociedade civil e movimentos sociais de vários países. A Cúpula dos Povos faz parte de um processo de acúmulos históricos e convergências das lutas locais, regionais e globais, que tem como marco político a luta anticapitalista, classista, antirracista, antipatriarcal e anti-homofóbica.
O principal espaço político foi a Assembleia Permanente dos Povos, onde foram realizadas atividades propostas por organizações ou movimentos sociais. Essas ações foram desde seminários, debates e oficinas até palestras, rodas de conversa e encontros.
A participação das etnias indígenas na Cúpula dos Povos foi marcada por protestos, rodas de debates, culminando na marcha indígena que teve seu alvo a reivindicação contra a construção das hidrelétricas em territórios indígenas, especialmente a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte projeto do PAC (Programa de Aceleração e Crescimento) a ser construída pelo Governo Brasileiro no Município de Altamira no Estado do Pará, lá, o rio Xingu desaparecerá em uma extensão de mais de 2.000 km atingindo em cheio as comunidades indígenas.
O Momento mais forte da Cúpula dos Povos foi a Marcha dos Povos, que reuniu cerca de quase 80.000 mil pessoas nas ruas do Rio de Janeiro, em uma manifestação democrática, plural, diversa, em defesa de um mundo mais sustentável e melhor.
A Declaração Final da Cúpula dos Povos está disponível no endereço eletrônico:
www.cupuladospovos.org.br.
Fonte: www.cupuladospovos.org.br
ELIÉSIO CAMPELO LIMA JÚNIOR
Participante da Cúpula dos Povos na Rio + 20
Bacharel em Ciências Contábeis
Bacharelando em Direito
0 comentários:
Postar um comentário
Desejamos saber suas opiniões, críticas e sugestões, mas atenção: os comentários devem ser respeitosos e são de inteira responsabilidade de seus autores. Reservamo-nos o direito de excluir os comentários que julgarmos inoportunos.