Nestes últimos dias é evidente que a mídia está soterrando a todos com
uma "avalanche" de notícias sobre o Papa Francisco. Se o Papa
espirra, já é motivo para uma manchete... E, como tudo o que o mundo fala
sobre a Igreja de Cristo nunca é positivo (S. João 15,19), as últimas pedras
desta avalanche foram as notícias sobre possibilidade de corte do bônus dos
funcionários do Vaticano, em decorrência da morte de um Papa e da eleição de
outro Pontífice.
O portal G1 noticiou o acontecimento de maneira bem
tendenciosa e a matéria pode ser lida aqui. Comentaram até que o Vaticano está em
crise financeira. De fato, para a tristeza de quem esbraveja a opulência da
Igreja, o Vaticano não é rico. Praticamente a totalidade
da receita gerada (50% proveniente de doações) é revertida para a manutenção
dos Seminários, Ordens, Fraternidades, Casas de Misericóridia, asilos,
orfanatos, dentre outros auxílios humanitários.
Então por que tanta euforia pelo fato do Papa não conceder (se a possibilidade
se concretizar) o bônus dado a estes funcionários na morte de um Papa, diga-se
de passagem, que não morreu? Se eles foram remunerados por seus serviços,
recebendo integralmente seus salários, por que tanto alarde se o corte deste
bônus realmente acontecer?
É válido ressaltar que esta decisão não denuncia a crise da Igreja e sim que o
Papa deseja utilizar este dinheiro, segundo outros sites, para um fim mais
nobre: a Caridade.
A
Pastoral da Comunicação, em todas as suas instâncias, repudia a mídia
sensacionalista e reintera seu papel na evangelização, anunciando a Verdade (S.
João 14,6).
Reproduzimos abaixo a matéria postada no site Reuters (os negritos
são nossos):
***
ROMA, 18 Abr
(Reuters) - O papa Francisco, que rapidamente
ganha uma reputação de frugalidade desde que tomou posse no mês passado,
provavelmente vai suspender um tradicional bônus dado aos funcionários do
Vaticano, disse um porta-voz da Santa Sé nesta quinta-feira.
O bônus é geralmente pago aos empregados do
Vaticano para marcar ocasiões especiais, como as mortes e as eleições dos
papas.
Mas o porta-voz do Vaticano, padre Federico
Lombardi, disse: "Eu não acho que haverá qualquer bônus."
"As despesas extras são algo que podem ser
normais em uma situação de abundância, mas esse não é o mundo em que nos
encontramos agora."
Lombardi acrescentou que ele estava se referindo ao
clima econômico em geral, e não de qualquer necessidade específica do
Vaticano de redução de custos.
O papa Francisco, que escolheu o nome de um santo
que escolheu viver na pobreza, tem evitado os aposentos papais palacianos e as
costumeiras vestimentas ornamentadas em um esforço para ter um papado mais
humilde e menos perdulário.
Ele chegou a pedir a seus compatriotas que não
façam viagens caras da Argentina para Roma só para ver sua missa inaugural e,
em vez disso, que doassem o dinheiro para caridade.
O predecessor de Francisco, Bento 16, deu aos
funcionários 500 euros e um dia de folga, para marcar seu 80º aniversário. Para
marcar a eleição de Bento e da morte de João Paulo 2o, em 2005, os funcionários
receberam 1,5 mil euros. A decisão afeta cerca de 4 mil funcionários.
(Por Naomi O'leary)
0 comentários:
Postar um comentário
Desejamos saber suas opiniões, críticas e sugestões, mas atenção: os comentários devem ser respeitosos e são de inteira responsabilidade de seus autores. Reservamo-nos o direito de excluir os comentários que julgarmos inoportunos.